Haron Alvares
Especial para A Bronca Popular
Um print de uma conversa no grupo de WhatsApp da unidade diamantinense do supermercado Polo Centro expôs a avidez em manter no poder o prefeito Eduardo Capistrano (PDT).
A conversa expõe a coação do administrador do grupo, a quem supostamente seria alguém que exerça cargo superior, ou de chefia à funcionários do mercado para que estendam sua jornada de trabalho a fim de que ouvir as propostas do prefeito e concorrente a reeleição, Eduardo Capistrano, e de seus cabos eleitorais, o atual vice-prefeito, Claudimar Antonio Babacovi "Gaúcho" e Isolde Dalmolin, atual administradora e irmã da proprietária da unidade da rede.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o administrador do grupo, superior hierárquico direto e administrador da unidade, cometem assédio moral frente aos funcionários ao permitirem ou exigir que colaboradores participem de atos políticos em local de trabalho. Ou seja, estão "expondo trabalhadores a situações constrangedoras durante a jornada de trabalho".
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização.
A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Esses trabalhadores, temendo o desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, perdendo sua autoestima.
A atitude da direção do mercado Polo Centro reclama a imediata intervenção do Ministério Público Eleitoral, que deve investigar o caso de possível abuso do poder econômico para beneficiar um candidato, causando desequilíbrio no pleito.