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POLÍTICA Domingo, 31 de Março de 2019, 15:53 - A | A

31 de Março de 2019, 15h:53 - A | A

POLÍTICA / FAZENDO HISTÓRIA

Janaina Riva vence discriminação, supera barreira do sobrenome e chega a presidência da AL

A deputada superou o desgaste político do pai e sobreviveu a máquina de moer gente e destroçar reputação, que havia sido montada por Pedro Taques no Paiaguás

EDÉSIO ADORNO
Da Editoria de Política



Confundir o filho com o pai, quando este carrega nos ombros um estigma negativo, é a primeira atitude dos julgadores que dão expediente nas esquinas da vida e prolatam sentenças condenatórias nas redes sociais.

Pelo princípio constitucional da intransferência da pena, previsto no artigo 5º, XLV, da Constituição Federal, nenhuma pena passará da pessoa do condenado. No mundo jurídico, uma verdade; na vida prática, mera abstração.

Para o vulgo de senso comum, “filho de peixe peixinho é”. Esse axioma é tão falso quanto o “diga-me com quem andas e te direi quem és!”, cuja autoria é atribuído a Rui Barbosa.

Janaína Riva é filha do mais famoso dos Rivas – José Geraldo. Ele, sim, tem problemas com a justiça como consequência de suas escolhas e de seus atos. No tempo e no templo da justiça será condenado ou absolvido.

Essa história, no entanto, em nada macula a biografia da deputado que teve seu mandato renovado nas urnas com a maior votação de todos os tempos – quase 52 mil votos!

Janaína superou o desgaste político do pai e sobreviveu a máquina de moer gente, honra e reputação, que havia sido montada pelo ex-governador Pedro Taques dentro do Paiaguás. Teve a vida bisbilhota e a intimidade exposta. Foi reconhecida pelos servidores públicos por sua atuação na Assembleia Legislativa e abraçada por eleitores e simpatizantes esparramados pelos 141 municípios de MT.

A mulher que se fez deputada e a parlamentar que se transmutou numa liderança de invulgar talento e rara competência está prestes a assumir, ainda que por exíguo espaço de tempo, a presidência do legislativo estadual. Um feito aparentemente sem relevância. Mas em se tratando de Janaína, se reveste de extraordinário significado.

Afinal, Janaína é uma garota de 30 anos que dribla o preconceito, a discriminação, o ódio, supera adversidades e chega ao comando de um dos poderes do estado. Fez história, uma história que coloca as mulheres no seu devido lugar: no epicentro do poder político.        

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