EDÉSIO ADORNO
Se a eleição suplementar para o senado tivesse sido mantida para abril, conforme havia decidido o TRE, o governador Mauro Mendes (DEM) teria que se manter neutro ou optar entre três aliados de primeira hora: Júlio Campos (DEM), Otaviano Pivetta (PDT) e Carlos Fávaro (PSD). A postergação do pleito, por causa da pandemia do coronavírus, tirou Mendes da sinuca de bico.
Na última sexta-feira, o ministro Roberto Barroso, do TSE, decidiu que a suplementar para o senado será realizada no dia 15 de novembro, juntamente com as eleições municipais.
No cenário atual, desenhado pela pandemia do coronavírus, Júlio Campos e Otaviano Pivetta sinalizam que estarão fora da disputa. Fávaro, que ganhou no tapetão do STF um mandato provisório no senado, acumula desgastes, dívidas de campanha e enorme rejeição popular, insistem disputar a cadeira que já ocupa por força de casuísmo jurídico, mas encontra resistência até mesmo do agronegócio.
Nesse ambiente, o empresário e ex-senador Cidinho Santos (DEM), que tem o apoio do ex-governador, ex-senador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, surge como o nome que pode costurar a hegemonia do grupo e participar do pleito como candidato de consenso da base do governador Mendes.
Para debater a suplementar para o senado, o governador Mauro Mendes vai receber no Paiaguás, na próxima segunda-feira, a cúpula do DEM e de outros partidos aliados para tentar construir a unidade do grupo e tirar um nome de consenso. Cidinho Santos reúne todas as condições para ser o escolhido. A opção por Fávaro seria o naufrágio do grupo.