Da Redação
A Bronca Popular
A direção regional do MDB projeta conquistar quatro cadeiras na Assembleia Legislativa (ALMT). Já analistas políticos, com base em pesquisas, estruturas de campanha e capilaridade eleitoral dos integrantes da chapa, acreditam que o partido do cacique Carlos Bezerra deve eleger no máximo três deputados estaduais pelo quociente eleitoral, que é de algo em torno de 65 mil votos. A chance de conquistar a quarta cadeira pela chamada sobra é quase remota.
A puxadora de votos da legenda, Janaína Riva, que no pleito de 2018 foi a campeã de votos com 51.546 sufrágios, tem sua reeleição como favas contadas.
As duas vagas restantes seriam disputadas pelo ex-secretário de Agricultura Familiar, Silvano do Amaral, Thiago Silva, o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná e o ex-prefeito de Matupá, Valtinho Miotto. O deputado Dr João Matos, ainda segundo observadores políticos, estaria atrás do pelotão de elite. Sua eventual reeleição seria surpresa até para a cúpula do MDB, que monitora o desempenho de seus candidatos por meio de pesquisas eleitorais realizadas com frequência nos principais colégios eleitorais do Estado, inclusive em Tangará da Serra.
Com a promessa de priorizar a Saúde Pública, o médico João Matos teve 14.357 votos no pleito de 2018 em Tangará da Serra. Repetir essa votação seria uma façanha épica - algo extraordinário. Com Matos na ALMT, a saúde degringolou de vez. No hospital municipal não existe centro cirurgico e nem leitos de UTI. A saída para pacientes graves ainda é a ambulancioterapia. Uma vergonha para a quinta maior cidade de MT.
Saúde pública
Matos se gaba do lançamento do hospital regional pelo governador Mauro Mendes em parceria com o prefeito Vander Masson. É a penas retórica. A unidade hospitalar seria lançada com ou sem Matos na ALMT. Prova disso: Juina, Confresa e Alta Floresta não tem representação na Assembleia Legislativa e também vão ganhar um moderno hospital regional. "Infelizmente, o Dr João não fez o dever de casa, se manteve distante de sua principal base eleitoral, também foi vacilão enquanto integrante da base do governador na ALMT. Isso pode lhe custar o mandato", observa um analista político.
Pedágio
Outro calcanhar de Aquiles do deputado Dr João é o preço do pedágio cobrado pela Via Brasil e as longas filas que se formam em todas praças. Nas redes sociais, internautas alegam que Matos não teve o cuidado de olhar o contrato entre Sinfra e Via Brasil, não fiscalizou a construção de cabines e nem teria acionado a Ager-MT para fazer valer os direitos dos usuários da rodovia. "O preço do pedágio é caro e o que é pior, estamos pagando para trafegar em uma rodovia que ainda precisa receber muitas melhorias", reclamam condutores. Sobre esse tema, Matos se recusa a falar, enquanto o povo paga o pato.