EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Criticar o presidente Jair Bolsonaro é um direito de todo e qualquer cidadão. Contestar a forma como ele enfrenta a pandemia do coronavírus é outro direito da população. Não gostar dessa ou daquela medida faz parte do jogo político. Isso é da natureza e da essência da democracia. Ninguém é obrigado a aceitar passivamente tudo que o governante, seja ele quem for, fala, decide e faz.
Essa é uma realidade, outra bem diferente é se aproveitar da crise sanitária e econômica instalada pela pandemia do coronavírus para minar as bases do governo Bolsonaro e derrubá-lo da presidência da República. Isso é insensatez, irresponsabilidade e desamor ao próximo. É possível que Bolsonaro tenha falado besteiras e tomado atitudes equivocadas. Uma correção de rumo sempre é necessária.
Embalado pelo coronavírus, um grupo de famosos correu para as redes sociais e anunciou apoio ao pedido de impeachment de Jair Bolsonaro protocolado por deputados do PSOL. Um irresponsabilidade sem precedentes.
Mantenho críticas pontuais ao governo do capitão, porém não podemos endossar despautérios dessa natureza. Apontar rumos que levem a saída da crise é saudável, mostrar a porta de saída do palácio do Planalto ofende a soberania das urnas.
Veja o que diz o site Notícias ao Minuto:
O ator Caio Blat, os cantores Chico César, Leoni, Edgard Scandurra e Maria Rita e o youtuber Felipe Neto endossaram o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro feito por parlamentares do PSOL.
O grupo tem no total mais de 200 figuras públicas. Elas se tornaram co-autoras do pedido que foi protocolado pelos deputados do PSOL Fernanda Malchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP), David Miranda (RJ) e Luciana Genro (RS) na semana passada.
O documento já tinha apoio de nomes como Zélia Duncan, Vladimir Safatle e Gregorio Duvivier.
Em paralelo, os parlamentares do PSOL também lançaram uma petição online pedindo o impedimento do presidente. Na manhã de quinta-feira (26), o documento reunia mais de 743 mil assinaturas.