EDÉSIO ADORNO
Da Redação
Noticiar a morte de estranhos ou de pessoas com quais não se tem proximidade não é uma tarefa fácil, a depender das circunstâncias da ocorrência do evento final. Impossível não se envolver emocionalmente com o drama humano quando em algum lugar do texto a palavra morte revela o sujeito da oração.
Mais desconcertante ainda quando o substantivo feminino se transmuta em verbo, que no modo indicativo do pretérito perfeito força o escrevinhador apontar o dedo e dizer ele morreu. Ele, no caso, é um amigo especial, um pai de família amoroso e um servidor público de conduta ilibada.
Ditão era seu nome. Foi com esse apelido que ele se fez conhecido, amado e respeitado por todos que tiveram o privilégio de privar de sua amizade. Ditão gostava de pescaria, de baralho, de bater papo e de levar a vida ao lado dos seus. Descanse em paz, meu amigo! Meus sentimentos a sua família e a todos que lamentam sua morte prematura.
A prefeitura de Cuiabá perdeu um fiscal zeloso e eficiente; eu perdi um amigo – um tesouro difícil de encontrar.