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POLÍTICA Quarta-feira, 15 de Abril de 2020, 16:05 - A | A

15 de Abril de 2020, 16h:05 - A | A

POLÍTICA / ELEIÇÕES 2020

Pré-candidato a prefeito diz que vereador Rogério Silva politiza pandemia de coronavírus

EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra



O presidente da executiva do MDB, pré-candidato a prefeito, chefe da Sinfra e do Samae, Wesley Lopes Torres, aproveitou a falta de comando na secretaria de Saúde para atacar em sua página no Facebook o vereador Rogério Silva, que trocou, na semana passada, o MDB pelo Democratas.  

O pretexto para o faz de tudo de Junqueira foi uma entrevista que Silva concedeu a imprensa, no último sábado para, segundo suas palavras, responsabilizar a prefeitura pela falta de leitos de UTIs no Hospital Municipal.  

Em sua fala, o vereador lembrou que articulou, durante o período que substituiu Valtenir Pereira na Câmara dos Deputados, uma emenda junto ao Ministério da Saúde no valor de R$ 1,4 milhão para aquisição de equipamentos hospitalares. “Esse dinheiro está na conta da prefeitura desde 2017”, frisou o parlamentar.  

A enorme repercussão nas redes sociais da entrevista de Rogério forçou Lopes sair em defesa da gestão, ainda que saúde não seja de sua competência.  

“O vereador politiza a pandemia, levando a crer que o fechamento do comércio local é por falta de UTI municipal, porém omite informações importantes para fazer política rasa em momento inoportuno, pois o momento é de unidade em prol da saúde e economia da população de nossa cidade”, escreveu Torres.  

Em outro trecho do texto, Wesley diz que Silva teria omitido na entrevista que “a responsabilidade com a alta complexidade da saúde pública, no caso de UTI é de alta complexidade, é do Governo Estadual por meio de convênio com o Ministério da Saúde”.  

Wesley afirmou ainda que o vereador Rogério tem pleno conhecimento que o Município não consegue manter apenas com recursos próprios leitos de UTIs funcionamento.

“Faltou ainda ao vereador expor que a emenda individual para aquisição dos equipamentos era vinculada a uma emenda de bancada para custeio no valor suficiente para manter o funcionamento das UTI’s por 20 (vinte) meses, o que não aconteceu, tendo sido cancelada a emenda para custeio dos 10 leitos de UTI’s e 03 leitos de estabilização”, explicou o pré-candidato a prefeito.  

Sem apresentar comprovação, o dirigente do MDB afirmou que manter a UTI em funcionamento custa cerca de R$ 1 milhão por mês. “A emenda para compra dos equipamentos no valor de R$ 1,4 milhão não são suficientes sequer para compra dos equipamentos necessários para instalação das UTI’s estando o município complementando a diferença com recursos próprios, e também não são suficientes sequer para dois meses de funcionamento da UTI”, argumentou.  

De acordo com Lopes, os recursos da emenda Rogério Silva não estão parados na conta do município. Ele argumenta que a prefeitura fez vários procedimentos licitatórios para aquisição dos equipamentos, mas resultaram desertos pela falta de participação de fornecedores interessados.  

Por fim, Lopes atribuiu a entrevista de Rogério um ato de politicagem e fez questão de associar o Democratas ao coronavírus. Ele destacou em letras maiúsculas o a sigla DEM da palavra pandemia, o que não deixar de ser também um ato de politicagem e de oportunismo.  

O que inusitado na reação de Lopes é que até ontem Silva era o queridinho do prefeito e de seus subordinados, bastou o vereador deixar o MDB e se filiar ao DEM para se tornar desafeto, com direito a ser detonado publicamente.

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