EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Há pouco mais de mais de dez meses para limpar as gavetas e desocupar o gabinete que ocupa na prefeitura de Campo Novo do Parecis, Rafael Machado (PSL) resolveu investir pesado na busca de um novo mandato. A primeira arrancada deu errado. Orientado por sua equipe de marketing, Rafael decidiu avançar sobre o reduto eleitoral do vice-prefeito e seu principal adversário, Dhemis Rezende, que é a comunidade evangélica.
O mega show de portão aberto da cantora gospel Gabriela Rocha seria usado para seduzir o eleitorado evangélico e rachar a base eleitoral de Rezende. Alertado quanto ao potencial uso da máquina para fins eleitorais, o Ministério Público Eleitoral (MPE) acabou com o giro de bondade de Rafael Machado. O show teve que ser cancelado.
Além de barrar o show que seria de promoção pessoal de Machado, que deve buscar a reeleição, o promotor da 60ª Zona Eleitoral, Luiz Augusto Ferres Schimith, instaurou procedimento preparatório eleitoral para apurar se o prefeito teria atropelado a legislação que trata sobre condutas vedadas ao agente público em ano eleitoral.
Constrangido com a reprimenda do MPE e de crista baixa, Rafael Machado emitiu um notinha de 40 palavras e 274 caracteres para informar o cancelamento do evento e anunciar que o show de Gabriela será realizado após as eleições. Faltou dizer que após as eleições e antes de janeiro de 2021. Se não disse é porque ainda acredita que será reeleito.