EDÉSIO ADORNO
Da Editoria de Política
No pleito de 2012, as urnas cuiabanas abortaram uma figura chamada Oseas Machado. O indivíduo, que se escondia atrás de uma bíblia e tinha opaca atuação nos templos da Assembleia de Deus da Capital, comemorou um milagre transitório: na quarta tentativa, conquistou o 25º lugar, na rabeta da pífia votação de 1.464 votos. Foi eleito vereador para um mandato improdutivo. Em 2016, tentou a reeleição, mas foi olimpicamente rejeitado pelos eleitores.
Machado perdeu a reeleição, mas não perdeu o gosto pelas tetas do poder. Em razão do apoio à candidatura de Emanuel Pinheiro, foi recompensado com uma boa sinecura na prefeitura. Depois de passar pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), de onde saiu denunciado pelo MPE por atos de improbidade administrativa, o ex-vereador se encontra atualmente pendurado em um cargo comissionado na Secretaria de Saúde. É o diretor do Hospital São Benedito.
Oséas Machado trama pela cassação de Abílio Junior para se apoderar do mandato dele e eliminar um opositor do prefeito na Câmara de Cuiabá
Oseas Machado, que completou 60 anos de idade no último dia 13 de agosto, tem enorme dívida de gratidão para com Emanuel Pinheiro, a quem agradece até pelo ar que respira. Para agradar a seu senhor que habita o altíssimo do Alencastro, Machado decidiu imolar seu irmão de fé, Abílio Junior, no altar da traição.
De acordo com relatos do Velho Testamento, Caim matou Abel por inveja. Por um sentimento não menos ignóbil, Oseias, que é o nome de um profeta bíblico, pretende jogar Abilinho na cova dos leões. Assim, Machado resgata a dívida de gratidão para com Emanuel, elimina um opositor barulhento do prefeito e se apropria de seu mandato.
A Comissão de Ética da Câmara, que é composta por aliados do prefeito, já emitiu sinais de que a cabeça do vereador de oposição deve ser servida na bandeja, durante banquete, ao chefe do executivo cuiabano.
Para tanto, construíram uma narrativa falsa, prepararam o cenário e avisaram a imprensa sobre o desfecho da farsa que montaram para esbulhar o mandato do vereador Abílio Junior.
Vereador Chico 200 admite jantar e nega acusações de Elizabete
Esqueceram de combinar com a servidora do hospital São Benedito, Elizabete Maria de Almeida que, convidada para uma reunião no apartamento do vereador Juca do Guaraná, no luxuoso condomínio Belvedere, decidiu gravar toda a trama e denunciar as tratativas para cassar o mandato de Abilinho.
A brava mulher compareceu a Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) e detalhou em depoimento tudo que viu e ouviu.
Elizabete denunciou que o complô montado para puxar a cadeira de Abílio teria sido estruturado pelo prefeito Emanuel Pinheiro. Ela diz que cada vereador que votar pela cassação de Abilinho será recompensado com R$ 50 mil em espécie e mais 20 cargos comissionados na prefeitura.
Usar cargos públicos como moeda de pagamento por atos ilícitos, por si só, é de uma gravidade estonteante. Se essa acusação for confirmada, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça devem tomar as providências que o caso exige.
Vereador Juca do Guaraná teria servidor jantar a base de trama pela cassação de Abilinho
Elizabete contou à polícia que quando a casa de Juca do Guaraná, lá já estavam os vereadores Ricardo Saad (PSDB), Chico 2000 (PR) e veja quem, o ex-vereador Oseas Machado. Ainda segundo ela, Pinheiro chega por volta de meia noite e abre a reunião com os parlamentares e alguns assessores.
“Que a mesma alega que o prefeito Emanuel Pinheiro ofereceu R$ 50 mil (cinquenta mil reais) mais 20 (vinte) cargos comissionados para os vereadores. Que neste momento o prefeito Emanuel tirou o dinheiro do envelope e entregou para os vereadores que ali estavam presente (...)”, diz Elizabete, em depoimento a Defaz, conforme consta no BO.
Em resposta a questionamentos da imprensa, Emanuel Pinheiro confirmou, por meio de sua assessoria, que participou, na semana passada, de um jantar na casa do vereador Juca do Guaraná. Mas nega que tenha havido reunião para tratar da degola de Abilinho. Também não teria ocorrido qualquer oferta de dinheiro para vereadores votarem pela cassação do mandato de Abílio Junior.
Com veemência, o Juca do Guaraná Filho negou as acusações. Mas admitiu o tal jantar na casa dele com a participação de outros vereadores e do prefeito. O vereador alegou não saber se Elizabete esteve em sua residência. Ele pontuou ainda que no jantar não foi tratado de política.
Vereador Ricardo Saad admite participação em jantar da meia note, mas nega ter comentado sobe cassação de mandato e nem teria visto nada sobre oferta de dinheiro
Já o vereador Ricardo Saad, além de refutar as acusações, argumentou que “o prefeito não ofereceu dinheiro para cassar ninguém. E durante a noite ninguém, em momento algum, falou de Abílio e nem de dinheiro". O tucano assegura não ter visto Elizabete na residência de Juca do Guaraná.
Resumo da Opereta Tupiniquim
A falange virtual do prefeito nas redes sociais prepara brutal ataque a reputação da servidora Elizabete Maria de Almeida. O Alencastro já deu a senha para os áulicos de Emanuel descontruir as denúncias por ela apresentadas a Defaz.
Não apenas a honra de Elizabete corre risco. A preservação de sua integridade física requer atenção e cuidados especiais das autoridades de segurança pública.
A denúncia de Elizabete disse, se confirmada, configura um escândalo proporcionalmente superior ao caso do paletó recheado de dinheiro, cujas imagens ainda permanecem no imaginário popular como um insulto a inercia das autoridades.
Elizabete revelou a ocorrência de um jantar na casa de Juca do Guaraná e deu nome aos participantes do regabofe. Todos os citados admitiram presença no convescote da meia noite. Esse fato, portanto, é incontroverso.
O prefeito e os vereadores negam apenas que durante o jantar tenha havido repasse de envelopes cheios de dinheiro e promessa de distribuição de cargos na administração.
Para concluir, Juca não sabe se Elizabete esteve em sua casa e nem recorda se ela participou do jantar. Se o caso é de esquecimento, o vereador já pode começar a fazer uso do medicamento Ritalina. Quem sabe o médico Ricardo Saad não faça uma prescrição sem custo para o colega de parlamento?
Paulo Lopes 16/02/2020
Canalhas! Dinheiro vale mais que a vida, é da saúde das pessoas que morrem de forma lenta e dolorosa pela falta de médicos, falta de medicamentos, e vocês como vereadores não cobram o prefeito demonio, satanico, Lucifer, pelo contrario são apoiadores da corrupção. . A falta de cuidado com a dor da população. Os vereadores da base do prefeito, todos pouco se importa se os pacientes morram devagar e dolorosamente pelo sofrimento que deliberadamente causam pela armação contra A POPULAÇÃO de Cuiabá. Apoiar o erro, é ter caráter deformado. Mas o dinheiro, a politicagem vale mais para esses desgraçados organizados. Essa organização se vê que é poderosa, mas a sociedade vai lutar contra vocês. Não vamos deixar o mal vencer o bem.
Inhana 29/11/2019
Tem que ser banido da política com que moral atacam Abilio a fera da própria do paletó. Abilio a justiça tarda mas não falha continue mostrando o nefastos mundo desses asquerosos
Leonel 29/11/2019
Mais uma do nobre homem do paletó. E pior nenhuma providência foi tomada até agora. Tenho até do de quem denúncia esse bando chefiado pelo Pinheiro. E depois querem que a gente goste de política. Até gosto, mas da limpa.
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