Da Redação
A Bronca Popular
O projeto Ferrogrão, uma ferrovia idealizada para facilitar o escoamento da produção agrícola do Norte de Mato Grosso até os portos no Pará, está novamente em destaque. Em 30 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a retomada da análise de estudos e processos administrativos sobre a ferrovia, que havia sido suspensa por uma ação do partido PSol em 2021.
Apesar dessa autorização, a decisão de Moraes estabelece um prazo de 60 dias para que as partes interessadas e contrárias à construção apresentem seus argumentos. Isso indica que o projeto ainda se encontra em uma fase preliminar e aguarda uma decisão definitiva do STF.
A Ferrogrão é um ambicioso projeto de uma ferrovia longitudinal com 933 quilômetros de extensão, conectando Sinop, em Mato Grosso, à vila de Miritituba, em Itaituba, no Pará. A ideia surgiu na década passada e conta com o apoio de trades e produtores rurais da região.
Os principais benefícios esperados com a construção da Ferrogrão são a redução do transporte rodoviário de commodities, aliviando a BR-163, e o encurtamento da distância até os portos do Arco Norte, como Miritituba e Santarém. Estima-se que os investimentos no projeto, incluindo obras portuárias, possam alcançar R$ 21,5 bilhões.
A decisão de Moraes abre caminho para que os estudos e análises sobre o projeto prossigam em instâncias como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério dos Transportes. O governador Mauro Mendes e lideranças do setor agropecuário de Mato Grosso têm defendido a importância da ferrovia para o desenvolvimento regional, ressaltando que ela é ambientalmente correta.
A Ferrogrão é vista como uma oportunidade para impulsionar a logística de exportação de produtos agrícolas do estado, melhorando a competitividade e reduzindo os custos de transporte. A expectativa é que, caso seja construída, a ferrovia traga benefícios não apenas para Sinop, mas também para outros municípios da região do Nortão e até mesmo para a Zona Franca de Manaus.
Recentemente, o deputado ruralista Reck Junior, que assumiu uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em substituição ao titular Nininho, tem desempenhado um papel importante no debate sobre a Ferrogrão. Ele conseguiu mobilizar entidades do agronegócio e a sociedade em geral para discutir a viabilidade econômica e ambiental desse projeto arrojado. A presença de Reck tem trazido novos insights e perspectivas para a discussão, fortalecendo o apoio à Ferrogrão.
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