Da Redação
Ativistas da ONG Sinergia Animal e da campanha Parem o Financiamento da Pecuária Industrial protestaram em frente ao escritório da Corporação Financeira Internacional (IFC) em São Paulo, nesta quinta-feira (26), contra um empréstimo proposto para financiar um confinamento de gado na Mongólia.
O projeto, que pode importar soja do Brasil, gerou críticas pelo impacto ambiental e ao bem-estar animal. A IFC, braço do Banco Mundial, tomará a decisão final sobre o financiamento em 30 de setembro.
Durante o protesto, manifestantes exibiram um banner com a frase “Banco Mundial: quando vão parar de financiar a destruição?” e entregaram uma onça de pelúcia com patas enfaixadas, representando o impacto dos incêndios no Pantanal, Cerrado e Amazônia, causados em parte pela expansão da pecuária.
Segundo a Sinergia Animal, o desmatamento provocado pela produção de soja para ração animal é um dos principais responsáveis pelos incêndios.
Uma carta assinada por 77 associações de 30 países, incluindo cinco da Mongólia, foi entregue à IFC, exigindo o cancelamento do financiamento. A Sinergia Animal ressalta que o Banco Mundial contradiz suas próprias recomendações climáticas ao financiar pecuária industrial, um setor que agrava o desmatamento e as mudanças climáticas.
A ONG também destacou que os confinamentos de gado trazem sérios problemas ao bem-estar animal e pressionam ainda mais os ecossistemas naturais.