Da Redação
A Bronca Popular
Uma manifestação que misturou política e religião ganhou destaque na tarde desta segunda-feira em Tangará da Serra.
O vereador Horácio Pereira convocou uma carreata com carro de som para protestar contra uma ação de fiscalização realizada em uma igreja evangélica da cidade por determinação do Promotor de Justiça Thiago Scarpellini Vieira.
No entanto, o evento acabou se transformando em um palanque eleitoral antecipado para as eleições de 2024.
Durante seu discurso no protesto, Horácio Pereira assumiu o papel de animador de auditório, misturando temas políticos com religiosos.
O vereador fez uma interpretação distorcida de leis e da Constituição Federal, mas evitou mencionar a determinação do Ministério Público Estadual (MPE) que levou à ação de fiscalização na igreja.
Em relação à presença da Polícia Militar na igreja, o tom do vereador diminuiu e ele chegou a aplaudir os policiais.
O evento contou com a presença do assessor jurídico do deputado Elizeu Nascimento, Rafael, que criticou a ação de fiscalização, mas omitiu a atuação do MPE e da PM no caso.
O advogado preferiu direcionar suas críticas ao prefeito Vander Masson e aos fiscais municipais.
A carreata, que teve como pano de fundo a religião e a política eleitoral, teve a participação do ex-prefeito Fábio Junqueira, que se filiou ao PL com o propósito de disputar a sucessão de Vander no pleito de 2024. Ele manifestou preocupação com o que chamou de "excesso da fiscalização".
Junqueira foi entrevistado durante a manifestação, recebendo tratamento especial por parte do vereador Horácio.
A advogada Karen Rocha, que ensaia uma possível candidatura a prefeita ou vice-prefeita ao lado de Junqueira, também esteve presente no evento. Diversos pré-candidatos à Câmara de Vereadores ocuparam a linha de frente da carreata.
Enquanto avançava pela Avenida Brasil, Horácio Pereira continuava seu discurso no carro de som, alegando uma ameaça imaginária à liberdade religiosa.
O protesto, que teve uma origem relacionada à fiscalização em uma igreja, rapidamente se transformou em um ato político-eleitoral, levantando questionamentos sobre a mistura de temas delicados como religião e política.