Sábado, 27 de Julho de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 06 de Maio de 2020, 18:55 - A | A

06 de Maio de 2020, 18h:55 - A | A

POLÍTICA / VEJA VÍDEO

Sem sistema de drenagem, pavimentação asfáltica em bairro de Aripuanã será levada pela enxurrada



Não é preciso ser especialista em engenharia civil para saber que construir pavimentação asfáltica sem cuidar do sistema de drenagem é serviço perdido e gastos desnecessários de dinheiro público. Pavimento é toda estrutura apoiada sobre a camada final de terraplanagem e destinada a receber o trafego proporcionando conforto e segurança ao usuário.  

O pavimento compreende duas ou três camadas de reforço, sub-base, base e o revestimento – uma capa de CBUQ – asfáltico, cuja finalidade é impedir a impermeabilização do pavimento. Daí a importância do sistema de drenagem. Agua parada, esgotamento residencial e até lavagem de carros estão entre as maiores causas de deterioração da pavimentação urbana das cidades.  

Asfaltar uma rua ou avenida e não priorizar a construção de meio fio, de galeria de captação de aguas pluviais é extremamente desaconselhável. A enxurrada destrói a capa de asfalto infiltra a base, compromete o pavimento e leva para o bueiro o dinheiro do contribuinte. Foi exatamente isso que aconteceu no Jardim Planalto, em Aripuanã, onde uma obra está sendo executada sem o necessário sistema de drenagem..  

E não foi por falta de alerta técnico. No dia 1º de maio, o cidadão Cleberson Lazarotto fez uma postagem no Facebook para chamar a atenção do prefeito Jonas Canarinho. Ele pediu ao prefeito e aos vereadores para não ser imprudentes.

“Essa obra de pavimentação asfáltica aqui no Jardim Planalto não pode deixar de ter drenagem, será um absurdo se isso acontecer, nós moradores dessa região já sofremos diariamente na época das chuvas com as águas que escorrem por dentro da rua por falta de drenagem, agora imagina quando essa obra for concluída, o volume de água vai aumentar é muito”. Dito e feito. A via se transformou num córrego. 

A força da enxurrada certamente já comprometeu a qualidade da obra (a sub-base, as camadas de reforço e a base).  Obviamente, que os vereadores precisam investigar a qualidade técnica dessa obra e buscar responsabilizar o gestor pelo desperdicio do dinheiro público. Rio em rua não é coisa de imprudência. Isso tem cara de improbidade administrativa. O MPE e TCE também precisam passar a lupa do controle externo sobre mais essa obra de qualidade questionável. Quem vai pagar a conta? 

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