Edésio Adorno
Tangará da Serra
Surgiu nos grupos de WhatsApp de Tangará da Serra um aloprado chamado Elizeu Castanho. Ele se refere ao prefeito Vander Masson como sendo anêmico, fraco e sem atributos para defender os interesses do povo. O deputado Dr João é rotulado de infame.
O governador Mauro Mendes é considerado um “lixo” por Castanho, que tem fortes ligações com o despirocado deputado Ulisses Moraes (PSL) Castanho não para suas sandices por aí.
Ele ataca frontalmente o judiciário e diz que o MPE está massacrando o povo. As 171 pessoas que já morreram de covid-19 em Tangará da Serra não comovem o valentão de WhatsApp.
Elizeu Castanho, que representa a si mesmo e aos interesses políticos de Moraes, defende o funcionamento do comércio sem restrição de horário e liberdade total para vírus agir, acamar e matar por asfixia mais e mais pessoas da comunidade. O limite do buliçoso é a ausência de limites!
Na manhã desta quarta-feira, Castanho resolveu flertar com o crime. Num texto publicado em grupos de WhatsApp, o adepto de Ulisses Moraes defendeu intervenção militar como única alternativa para o País. “Sou obrigado a dar a mão à palmatória e admitir que talvez a catástrofe da intervenção militar seja a saída menos traumática”, escreveu
Tramita no STF inquérito policial que investiga atos antidemocráticos, ilegais e atentatórios as instituições republicanas.
Criticar pessoas, autoridades é uma coisa totalmente diferente de patrocinar o desmonte das instituições democráticas. A Polícia Federal precisa conduzir Castanho no confessionário e saber exatamente o que ele pretende com a defesa de intervenção militar – eufemismo de ditatura.
Nos grupos de WhatsApp, Elizeu mobiliza a sociedade e tenta arrebanhar incautos para promover atos de achincalhamento ao judiciário, ao prefeito Vander e ao MPE. Faixas e cartazes já teriam sido providenciados para o ato, que está previsto para acontecer até final de semana. Resta saber quem vai seguir o revolucionário de WhatsApp em manifestação em frente ao prédio do MPE de Tangará da Serra.
Na íntegra, o artigo de Castanho
Eu não sei mais o que dizer. Diante dos últimos acontecimentos não há como não lembrar daquela frase antológica de Rui Barbosa que termina com "... o homem riu-se da honra e teve vergonha de ser honesto.".
Digo isso porque não creio mais que esse país possa ser colocado no rumo pelos meios democráticos.
O Brasil está preso em trilhos, sendo impossível de ser tirado sem que haja uma grande catástrofe. Como um trem em alta velocidade que tem um precipício à frente. Se sair dos trilhos é quase morte certa, se ficar nos trilhos é morte em vida com um governo de esquerda que se aproxima.
O que decidir?
Sou obrigado a dar a mão à palmatória e admitir que talvez a catástrofe da intervenção militar seja a saída menos traumática, mesmo que gigantesca. Mesmo que a médio e longo prazo a colheita seja do pesadelo da entrega do poder para a esquerda, mas o momento urge de ação, infelizmente. É preciso desmantelar o projeto de poder do PT e, talvez, mesmo sabendo ser impossível, consigamos consertar os trilhos com o trem andando.
É péssimo bater continência para seres acéfalos que calçam botina, mas será pior bater continência para ladrões, corruptos e bandidos como as lideranças do PT, que espreita à beira do caminho para entrar no trem e conduzi-lo ao abismo.
Duro é saber que boa parte quer isso. Esse é o panorama. Morramos por opção ou por inércia.