Valdir Colatto deve assumir comando do Incra, depois da queda de general, antecipada pela Bronca Popular

O chefe do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, ao lado da ministra Tereza Cristina, do Mapa, é cotado para assumir comando do Incra

EDÉSIO ADORNO

Uma séria de denúncias produzidas pela Bronca Popular contra o presidente do Incra, general Jesus Correa, foi concluída com uma informação exclusiva. Num post do dia 10 de julho, com o título: "general Jesus Corrêa deve perder comando do Incra; Bolsonaro já tem substituto".    

A informação não foi desmentida, mas deixou a militância ogra do PSL enfurecida, com sangue nos olhos e com o apetite aguçado por carne humana. Quase fui devorado vivo nas redes sociais. Claro, o site foi rotulado de esquerdista.    

A nomeação do petista Claudinei Chalito pelo general Jesus Correa, em maio deste ano, para chefiar o Incra/MT foi uma bolada nas costas do deputado federal Nelson Barbudo (PSL) lançada pelo militar para atender uma articulação sorrateira de Rafael Klas Dal Bo, que coincidentemente é chefe de gabinete do parlamentar bolsonarista.  

As razões pelas quais o general Jesus Correa caiu em desgraça com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) são múltiplas. Dentre elas, ineficiência administrativa, desconhecimento sobre a política fundiária do país, ligação com movimentos sociais de esquerda e falta de habilidade para implementar as políticas de regularização fundiária delineadas pelo governo federal. Substituto – o chefe do Serviço Florestal Brasileiro, ex-deputado federal Valdir Colatto, é o nome mais cotado para substituir Jesus Correa na chefia do Incra.    

Ele é ligado a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, faz parte do círculo de amizade do secretário de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, integra a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) e se posiciona contra a atuação das Ongs que patrocinam o engessamento da política ambiental nacional. Colatto tem trânsito livre no Congresso e conta com o apoio da bancada ruralista. Deve ser o próximo presidente do Incra.