Da Redação
A Bronca Popular
A pacata cidade de Colniza, no extremo noroeste de Mato Grosso, está sendo palco de uma escalada de truculência e abusos por parte da Polícia Militar e agentes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).
Os relatos que chegam à redação deste site narram um cenário de terror na propriedade do produtor rural Vagner Capelli, conhecido como Gordo do Óleo. A ação dos 'capitães do mato', respaldada por uma presença agressiva e desrespeitosa da PM, levou à prisão do fazendeiro após ele resistir à apreensão de um trator utilizado na limpeza de uma área já aberta.
Os agentes da Sema, acompanhados por uma tropa policial, invadiram a propriedade de Gordo, apreenderam sua máquina e adentraram sua residência, desencadeando um episódio de violência e desespero.
A prisão de Gordo, embora tenha sido relaxada pela justiça sem necessidade de pagamento de fiança, destaca a gravidade da situação enfrentada pelos trabalhadores da região.
O produtor rural, em um ato desesperado, danificou parte de uma viatura utilizada pela Sema e pela PM, evidenciando a tensão extrema vivenciada pelos habitantes de Colniza. Sua atitude é reprovável, mas deve ser compreendida como uma resposta desesperada diante da cruel perseguição que a população local vem sofrendo.
Um relato anônimo enviado à deputada Janaina Riva expõe a realidade vivida pelos trabalhadores da região.
O denunciante, temendo represálias, aponta a falta de regularização fundiária como a raiz das operações de combate ao desmatamento. Alega que Colniza depende da pecuária, da madeira e da atividade rural como fontes de renda, mas a ausência de regularização fundiária torna todas essas atividades ilegais.
"Aqui não se tem nada, apenas violência policial e abuso da Sema. Precisamos de apoio e não de violência", afirma o denunciante. Ele destaca que a solução para a situação está na regularização fundiária, colocando os produtores rurais na legalidade e evitando abusos e violência.
A mensagem ressalta a responsabilidade do governo, considerando-o o principal culpado pela falta de documentos de terra que leva às ações ilegais. O denunciante argumenta que investimentos maciços em operações contra o desmatamento não resolverão o problema fundamental, que é a regularização fundiária. A falta de documentos impede o manejo florestal adequado, resultando em embargos, confusões e confrontos com as autoridades.
A situação em Colniza clama por uma intervenção urgente do poder público para resolver questões fundiárias, proporcionando aos trabalhadores locais a oportunidade de conduzir suas atividades de maneira legal e sustentável.
Enquanto isso não acontece, a população enfrenta um ciclo de violência e desespero que exige atenção e ação imediata.
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