Edésio Adorno
Tangará da Serra
A ativista digital Lilian Leal mora em Alta Floresta, mas é conhecida e respeitada no meio político de Mato Grosso. Dona de um estilo duro, ela aborda autoridades do estado, cobra explicação e reivindica melhorias para sua cidade.
Sem trava na língua, Leal defende com firmeza suas convicções, não se deixa intimidar com bazofias, não se curva aos poderosos e não deixa uma provocação sem resposta. Claro, desagrada machistas, misóginos e sexistas. E até vigaristas, como diria ela própria.
Entre tantos, o vice-prefeito da chapa do delegado Vinicius Nazário, Roberto Revelino dos Reis, resolveu surtar ou teria sido acometido de delegatite. O valentão não gostou de algum posicionamento de Lilian Leal, que apoia entusiasticamente a candidatura a prefeito do empresário Robson Silva, e resolveu ameaça-la nas redes sociais. “Vou desgraçar com a vida dela. Nós já tá armando. Nós já tem ratoeira armada pra ela", disse Reis em mensagem de áudio que circula em grupos de WhatsApp.
É possível concluir da mensagem que Robertinho pretende armar uma cilada ou emboscada para incriminar Lilian ou, na pior das hipótese, atentar contra sua integridade física. Ameaçada, a ativista não pode procurar o delegado Vinicius porque ele é candidato e o suspeito de fazer as ameaças é justamente seu colega de chapa – Robertinho Revelino.
Um homem que ameaça mulher, o que é forma grave e deplorável de violência, não tem preparo necessário para ser vice-prefeito. Nada entende de política de gênero. Tentar impor seu ponto de vista pela força ou violência é coisa de machista chauvinista.