Tangará da Serra tem um colégio eleitoral de 69.332 eleitores. Desse universo, 22.725 eleitores deixaram de comparecer as urnas para escolher o prefeito da cidade no pleito do ano passado. A abstenção, portanto foi de 32,78%.
Brancos e nulos somaram 3.153 votos. Ou seja, dos eleitores que compareceram as urnas 6,76% inutilizaram o voto.
A eleição para prefeito foi decidida por apenas 43.454 eleitores.
Ainda assim, um colégio eleitoral expressivo e por isso mesmo disputado a pescotapa e por outros metodos menos convencionais por candidatos locais e, principalmente, por candidatos aventureiros e paraquedistas - geralmente descompromissados com a cidade.
2021 é um ano pré-eleitoral.
Nos bastidores da política tangaraense, uma dezena de nomes já se articula com vistas a ALMT.
Os nomes até aqui ventilados, independente de preparo técnico, intelectual, compentências, habilidades e demais predicados, são postulantes paroquiais, que não tem capilaridade nos municipios vizinhos.
A maioria não consegue descer a Serra Tapirapuã e somente com impulso conseguiria subir as serra de Deciolândia e de Parecis.
Também não tem penetração em Nova Olímpia, Barra do Bugres, Arenapólis, Nortelândia e muito menos em diamantino.
Alguns desses nomes de pretensos candidatos a deputado estadual se quer conhecem Santo Afonso e Nova Marilândia.
Esse ambiente de pulverização de candidaturas favorece a reeleição do deputado Dr João Matos (MDB).
Matos tem uma base eleitoral consolidada em Tangará da Serra, com o minguamento natural que o desgaste do poder causa, e consegue marcar presença em mais de 20 municipios, onde tem apoio de prefeitos, vereadores e lideranças da área de saúde pública.
Esse desenho não foi produzido com tinta irremovivel. Pode ser alterado, basta que os demais pretensos a uma vaga na ALMT se viabilizem, tirem a bunda da cadeira e coloquem o pé na estrada.
Afinal, o polo regional de Tangará da Serra tem mais de 300 mil eleitores. Permanecer nos grupos de Whatsapp engendrando planos quiméricos é perda de tempo.
Construir candidaturas de unidade, de consenso popular, também seria uma boa estratégia.
Candidaturas em demasia apenas prejudicam a cidade, que corre o risco de ficar sem representação no Legislativo Estadual