Carlos Fávero (PSD) ainda não refluiu da corrida ao senado por um motivo financeiro: pretende recuperar parte do que investiu no processo que resultou na cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Pode).
Segundo uma fonte próxima ao PSD, o anuncio do recuo de Fávaro da disputa deve ocorrer a qualquer momento.
“Ele não conseguiu se viabilizar politicamente e a briga que travou contra a juíza Selma causou graves danos a sua imagem”, disse a fonte, sob a condição de anonimato.
No vazio deixado por Fávaro, o vice Otaviano Pivetta (PDT) corre por fora e tenta emplacar seu nome, mesmo enfrentando restrições de setores do agronegócio e de forças palacianas.
A juíza Selma Arruda, que poderia tonificar a candidatura do pedetista, dificilmente deixará o autoexílio para defender um postulante a sua vaga no senado por um partido de esquerda e sem nenhuma afinidade ideológica com as causas que sempre apoiou enquanto esteve no senado.
Em não havendo mudança na direção do vento, o governador Mauro Mendes (DEM), Adilton Sachetti, Eraí e Blairo Maggi, além de outros botinudos do agronegócio, devem lançar e respaldar Cidinho Santos ao senado – um nome acima de tudo conciliador e com enorme poder de agregação.