Da Redação
Blog Edição MT
Embrulhado em uma bandeira do Brasil - a fantasiada preferida da patriotada -, Antonio Galvan ganhou visibilidade na crista de manifestações contra a ordem democrática e as instituições republicanas. Com o ego inflado por ser visto e afagado pelo presidente Jair Bolsonaro, o ruralista correu para os braços dos devotos seguidores do capitão.
Esgrimando palavras desconexas, porém simétricas a sua sofrível retórica, o patrão Galvan sacou de seu embornal algumas bolitas adredemente preparadas com o barro argiloso de Mato Grosso, municiou seu estilingue e mirou a vidraça do STF.
A valentia despirocada de Galvan teve um custo. Ele figura em um inquérito da Polícia Federal instaurado por ordem do STF para investigar a prática de atos antidemocráticos. No último 7 de setembro, o ruralista foi obrigado a manter uma distância providencial do local onde aconteciam as manifestações de comemoração ao bicentenário de proclamação da República.
Mais bolsonarista que o próprio Bolsonaro, Galvan cometeu mais uma patuscada típica de jovem rebelde sem causa ou de um sexagenário que não teve infância. Destemido e arrostando soberba, o ruralista descartou a orientação do chefe do Planalto para apoiar à reeleição de Fagundes e se lançou na temerária aventura de concorrer ao senado federal.
As pesquisas já divulgadas, incluindo a mais recente da Ipec/Globo, mostram um cenário desalentar para o pretenso expoente da direita conservadora. Sua candidatura não decolou. Aliás, Galvan queimou na largada e assiste Fagundes caminhar a passos largos rumo a uma consagradora vitória, no próximo dia 02 de outubro. Wellington Fagundes é o candidato do governador Mauro Mendes (UB), que tem 60% da preferência dos eleitores, segundo Ipec. É também o preferido do presidente Jair Bolsonaro.
Se isso não fosse o bastante, Fagundes ainda conta com um trunfo valioso.
Seu primeiro suplemente é o empresário e ex-Casa Cívil, Mauro Carvalho, um exímio articulador político, que agregou na chapa o apoio de praticamente todos os prefeitos do estado, além da quase totalidade dos vereadores e inúmeras lideranças empresariais e de movimentos populares. A ex-prefeita de Sinop, Rosa Martinelli, completa o time.
