Segunda-feira, 14 de Julho de 2025

COLUNISTAS Sábado, 04 de Novembro de 2023, 08:43 - A | A

04 de Novembro de 2023, 08h:43 - A | A

COLUNISTAS / HERÓIS ANÔNIMOS DAS RUAS

Essenciais sobre duas rodas: a demanda por respeito aos entregadores motoboys

O Impacto social e econômico dos entregadores motoboys na vida da cidade

Da Redação
Retratos da Comunidade



Volta e meia aparecem na imprensa e nas redes sociais casos de ofensas morais e até de agressãos fisicas contra entregadores motoboys. Criaturas insensíveis, geralmente encasteladas no alto de apartamentos de luxo, tratam esses profissionais com menosprezo e, não raro, com ofensas pessoais.

Essa gente grotesca tem dinheiro, status social, mora em condominios de alto padrão, mas não tem empatia para com o entregador de aplicativo - um ser humano que faz de sua profissão de risco um meio de sobrevivência. É com a mão no guidão de sua moto e com uma mochila nas costas que o motoboy conquista o pão para seus filhos, esposas e mantém seu lar.

Ofender um entregador é uma atitude de incivilidade

Esses profissionais que arriscam suas vidas sobre duas rodas merecem o respeito da sociedade.

Os entregadores motoboys desempenham um papel fundamental na sociedade, deslocando-se rapidamente por cidades e áreas urbanas para entregar uma ampla variedade de produtos, desde alimentos e medicamentos até eletrônicos e documentos importantes.

A importância social e econômica dos motoboys merecem reconhecimento por vários motivos, dentre eles:

Motoboys são essenciais para tornar a vida mais conveniente e eficiente para as pessoas. Eles possibilitam a entrega rápida de produtos, reduzindo o tempo que as pessoas gastam em deslocamentos e evitando longas filas em lojas ou farmácias. Isso é especialmente crucial em cenários de pandemia, quando a entrega segura de alimentos e medicamentos se tornou vital.

A atuação dos motoboys impulsiona a economia local. Ao tornar o comércio e a entrega de produtos mais acessíveis, eles contribuem para o crescimento das empresas locais, especialmente pequenos estabelecimentos que dependem das entregas para manter suas operações.

A profissão de motoboy oferece oportunidades de emprego a um amplo espectro da população. Muitos motoboys são pais, mães, esposos, filhos e filhas que encontraram na atividade uma forma de sustentar suas famílias. O setor de entregas frequentemente não exige diplomas ou qualificações específicas, o que amplia as oportunidades de emprego.

Os motoboys enfrentam condições de trabalho desafiadoras, arriscando suas vidas ao se deslocarem em duas rodas em meio ao tráfego urbano. A exposição a acidentes de trânsito e condições climáticas adversas é uma realidade constante para eles. Isso torna a profissão uma das mais perigosas do mundo, destacando ainda mais a necessidade de reconhecimento e respeito.

Durante situações de emergência, como pandemias ou desastres naturais, os motoboys desempenham um papel crucial na entrega de suprimentos essenciais às comunidades. Eles garantem que as pessoas tenham acesso a alimentos, medicamentos e outros produtos necessários, mesmo quando o acesso direto às lojas é limitado.

Esta coluna ouviu o depoimento do motoboy Felipe. Ele trabalha durante o dia em uma concessionária de veículo e a noite complementa sua renda trabalhando como entregador de aplicativo. A vida dele não é nada fácil.

Felipe conta que o App iFood não obriga o entregador subir em apartamento para fazer entrega. "Muitos moradores de apartamentos não entendem essa regra e acaba ofendendo o entregador", afirma. "Não subimos por questão de tempo, segurança nossa e do morador de apartamento", completou.

"Respeite e valorize o motoboy, ele pode levar o remédio que salva a vida de um ente querido seu. É ele também que leva sua alimentação e de sua família", pediu um entregador, que estava ao lado de Felipe. 

Registro

Na noite de sexta-feira (03), um morador de um prédio de luxo do bairro Bosque da Saúde pediu um lanche, quando o entregador chegou, ele não atendeu o interfone e nem o celular. O motoqueiro foi obrigado a esperar por mais de 30 minutos.

Quando o 'bacana' desceu, ao invés de se desculpar, preferiu xingar e ofender o entregador. O fato gerou revolta e um grupo de motoboys fez um ato de protesto em frente ao prédio. A situação foi contornada com a chegada de duas viaturas da Polícia Militar.

 

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