Da Redação
Retratos da Comunidade
Quem não consegue se libertar do passado, dificilmente avança em direção ao futuro, pois seu foco permanece ancorado nas memórias pretéritas.
Algumas pessoas, marcadas por relacionamentos frustrados, perdas de entes queridos ou desilusões amorosas, encontram-se incapacitadas de sacudir a poeira e seguir adiante em sua jornada. Mantêm constantemente os olhos voltados para trás, resistentes a novos vínculos, por temor de que o passado se repita – um passado que persiste, não como história, mas como presença viva em sua imaginação.
Esses indivíduos precisam relegar o passado ao seu devido lugar, viver o presente e forjar seu próprio futuro. Se a confiança foi traída e a reciprocidade esperada resultou em desilusão ao invés de gratidão, não se permita ser abatido, pois a dança da vida precisa continuar.
Utilizar a ingratidão como parâmetro para se resguardar de novos laços afetivos é uma estratégia de defesa mental compreensível, porém, ela fecha as portas para um vasto universo de sonhos, fantasias e felicidades.
Cada pessoa é única. Se uma, duas, uma dezena ou milhares delas causaram decepção, ainda assim, é necessário continuar interagindo com indivíduos inseridos na mesma sociedade que compartilhamos.
Assim, enterre o passado nas brumas do tempo e abra-se para novas conexões.
O amor verdadeiro pode estar ao seu alcance, seja ao lado, no bairro, no ambiente de trabalho ou a um clique de distância.
Se a pessoa que causou sofrimento foi alguém que você amava, considere amá-la de uma forma mais platônica.
Nisso reside a verdadeira beleza da vida.