EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Pois não é que o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Tangará da Serra (SSERP), Eduardo Pereira, pretende vender a sede da entidade, que está localizada na rua 26, uma das vias mais movimentadas e valorizadas da cidade.
Na página que o sindicato mantém na internet, um edital convoca Assembleia Geral para o próximo dia 14 de fevereiro. Além de torrar a sede da entidade, Pereira pretende vender também uma motocicleta.
O que estaria por trás da pretensão de desfazimento do patrimônio do sindicato dos servidores da prefeitura ainda é uma incógnita. Mas o site levanta algumas hipóteses.
Durante a gestão Eduardo Pereira, o SSRP pelegou geral e passou o pano para o prefeito Fábio Martins Junqueira. A entidade perdeu representativa e força de mobilização.
Incapaz de fazer os enfrentamentos que os servidores do município reclamam, Pereira caiu em descrédito. Não só isso. A gestão do sindicato é considerada temerária, segundo sustentam servidores calejados na luta sindical. Como consequência de tudo isso e algo mais, o SSERP está atolado em dívidas, inclusive de natureza trabalhista.
Vender a sede do sindicato pode não ser a melhor alternativa. Um grupo de servidores promete fazer barulho na Assembleia Geral para não deixar Eduardo Pereira se desfazer um importante patrimônio que pertence a todos os servidores públicos de Tangará da Serra. Detalhe: Eduardo Pereira está em plena articulação para disputar uma cadeira de vereador em outubro próximo.
O outro lado: Eduardo Pereira entrou em contato com o site para manifestar sua versão sobre os fatos. Segundo ele, na Assembleia Geral será apresentada a proposta de venda do prédio. Ele acrescentou que pretende levar a sede para o Club do sindicato, assim evitar despesas com a manutenção de dois espaços. Outro motivo para a venda seria uma dívida trabalhista de quase R$ 150 mil com um dentista que teria sido contratado ainda na gestão do ex-presidente Neto.
Pereira nega ser pelego do prefeito e acrescenta que recebeu o sindicato com muitas dívidas, as quais teriam sido pagas em sua gestão. "Não devemos um real a nehum fornecedor. O sindicato está enxuto. Pagamos mais de R$ 400 mil a UNIMED, dívida essa da gestão anterior". O sindicalista pontua que sempre fez os enfrentamentos necessários junto a gestão municipal.