Edésio Adorno
Tangará da Serra
O prefeito Fábio Martins Junqueira (MDB) ocupou mais da metade do tempo total do programa eleitoral de seu pupilo Wesley Lopes Torres, desta terça-feira, para relembrar fatos políticos recheados de conteúdo policial que envergonharam a população de Tangará da Serra.
No bojo de uma história manipulada, Junqueira implorou para a população mudar de ideia, pensar, refletir e votar no homem do Samae para dar continuidade a sua gestão.
A fala de Junqueira foi preparada para ser um petardo contra Vander Masson (PSDB), mas acabou acertando o próprio pé e fazendo desgraça na campanha de Chico Clemente. O tiro saiu pela culatra!
“Os aliados desse adversário é que nos entregaram uma prefeitura destruída administrativa e moralmente”, disparou Junqueira.
“Estamos vivendo oito anos de estabilidade. Acabou aquele entra e sai de prefeito, cassações de vereadores, crise política. São oito anos de muito trabalho e sacrifício para por fim aquele ciclo de corrupção que Tangará vivia antes de assumirmos”, completou o executivo.
A verdade dos fatos
O chamado período de instabilidade política, marcado por cassações de vereadores e entra e sai de prefeito, teve início e sua fase mais aguda no governo Jayme Muraro, que tinha como vice um professor chamado Fábio Martins Junqueira, que ocupou a cadeira de prefeito entre 01 de agosto a 31 de dezembro de 2000.
As cassações de vereadores foram respaldadas por um parecer da OAB, assinado pelo advogado Fábio Martins Junqueira, que manipulou o caso para se promover politicamente.
Muraro foi eleito para o 2º mandato tendo como colega de chapa dona Ana Maria Monteiro de Andrade de vice. Quando ele teve o mandato cassado, dona Ana assumiu o comando do município durante 30 dias (01/11 a 31/12/2004)
A eleição de Júlio Cesar Ladeia não colocou fim na baderna que reinava na prefeitura, pelo contrário, protagonizou fatos lamentáveis. Teve o mandato cassado, sendo substituído pelo então presidente da Câmara Municipal, José Pequeno, pelo vice José Jaconias, que também teve o mandato cassado.
O saudoso Miguel Romanhuk foi empossado no cargo e organizou a eleição indireta, na qual Saturnino Masson (PSDB) foi eleito e permaneceu no cargo até a posse do prefeito Fábio Martins Junqueira.
Moral da história
Muraro e sua ex-vice, dona Ana Monteiro, são peças fundamentais na campanha de Chico Clemente. Aliás, o próprio Chico foi secretário de Infraestrutura de Júlio Cesar Ladeia. Um dos vereadores que teve o mandato cassado está fechado com Chico.
Junqueira tenta falsear a verdade e jogar a turma de Muraro e de Júlio Cesar Ladeia no colo de Vander. Coisa de ilusionista de tolo.
A verdade nua, crua e pulsante é outra: Jayme Muraro, boa parte de sua turma e os antigos aliados de Ladeia estão 100% fechados com Chico.“Os aliados desse adversário é que nos entregaram uma prefeitura destruída administrativa e moralmente”, alertou Junqueira.
Fábio Martins tem todo o direito de pedir voto, de implorar e até de mendigr apoio para seu candidato. O que não deveria fazer, se tivesse apreço por uma escala de valores morais, éticos e cristão, é faltar com a verdade. Ele sabe e todos sabemos que Saturnino Masson e nem seu fillho Vander nunca fizeram parte do grupo político dos ex-prefeitos Jayme Muraro e Julio César Ladeia. Ele, sim, foi vice ativo de Muraro e com ele aprendeu tudo que sabe de política.