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POLÍTICA Quinta-feira, 25 de Junho de 2020, 19:21 - A | A

25 de Junho de 2020, 19h:21 - A | A

POLÍTICA / Acerto de contas

Pandemia do coronavírus não pode servir de escudo de proteção para gestores malandros

EDÉSIO ADORNO



No rastro da pandemia do coronavírus, a Polícia Federal investiga roubalheira no Governo do Rio de Janeiro. A Assembleia Legislativa daquele Estado abriu processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel.  

Outro governador que está no bico do corvo é o do Estado do Pará. Hélder Barbalho, que é filho do senador Jader Barbalho e da deputada federal Hecione Barbalho, também é alvo de investigação da PF sob suspeita de tungar a grana de combate ao coronavírus. O MPF já pediu que Hélder seja afastado do cargo a afim de preservar os cofres públicos.

Em Mato Grosso, denúncias de superfaturamento na aquisição de medicamentos, aparelhos e equipamentos destinados ao tratamento da covid-19 pipocam por vários municípios. Diversos prefeitos e secretários municipais de saúde em breve serão chamados ao confessionário do MPF e da PF.  

No longínquo município de Aripuanã, os vereadores vão decidir, na noite desta quinta-feira, o destino político do prefeito Jonas Canarinho (PSL). Uma Comissão Especial de Investigação (CEI), que foi instaurada para elucidar uma série de ilícitos administrativos supostamente praticados pelo gestor, concluiu seus trabalhos.  

O relatório final será votado pelo plenário da Câmara Municipal.

Jonas terá o mandato cassado ou será absolvido? A resposta a essa pergunta será dada pelos vereadores.  

O prefeito pediu clemência sob o argumento de que o momento de pandemia do coronavírus exige a união de todos no enfrentamento a doença. Isso é verdade, como também é verdade que o coronavírus não pode ser usado como escudo para proteger políticos que cometem crimes contra a administração pública.

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