EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Tangará da Serra, enfermeiro Romulo Cezar Ribeiro da Silva, que ocupa o cargo de chefe hospitalar e teve seu holerite engordado com a gratificação de R$ 3.090,16, parece desconhecer quais são as atribuições do órgão que preside.
“Além de elaborar e controlar a execução da saúde, o CMS possui as seguintes responsabilidades: controlar o dinheiro da saúde; monitorar a execução das ações na área da saúde; participar da formulação das metas para a área da saúde; reunir-se ao menos uma vez por mês; acompanhar as verbas que são encaminhadas pelo SUS e também os repasses de programas federais”, segundo informa o site Meu Prontuário.
Acrescenta a publicação que a atuação destas entidades, devido à própria busca de integrar as ações da saúde, abrange todas as áreas do setor, seja na fiscalização, na obtenção de informações, na proposta de estratégias ou mesmo na tomada de decisões. Na teoria é assim; na prática é assado!
O silêncio do presidente do CMS/Tangará da Serra, Romulo Cezar, preocupa e assusta.
Romulo faz parte do Comitê Interinstitucional de Monitoramento ao Coronavírus e, por dever de ofício, deveria se posicionar sobre a real situação dos 13 leitos de UTI para pacientes covid-19 que foram credenciados pela Secretaria de Saúde do Município junto ao Ministério da Saúde pelo valor já transferido para a conta da prefeitura de R$ 1.872.000,00.
Os vereadores Claudinho Frare, Vagner Constantino e Wilson Verta visitaram o Hospital Municipal, na última sexta-feira. Segundo os parlamentares, além de equipe técnica, estariam faltando respiradores e outros equipamentos para garantir o funcionamento dos leitos de UTIs. Nos grupos de Whatsapp e nas ruas, comentam-se que as UTIS de Tangará da Serra seriam fantasmas. O que diz o CMS?
Romulo Cezar é um profissional qualificado, conhece a realidade do serviço de saúde, do qual faz parte. Não pode alegar desconhecimento de sua obrigação enquanto presidente do CMS. Um de seus deveres é dialogar com os vereadores, apresentar as falhas e propor alternativas de melhoria.
O CMS não existe para defender a gestão municipal e muito menos para aplaudir as decisões do prefeito; sua função primacial é participar da elaboração e execução de políticas de saúde, além de acompanhar a aplicação dos recursos públicos, próprios ou conveniados com o Estado ou União.
O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, Wilson Verta, está preocupado com a situação dos leitos de UTI e com o avanço da pandemia do coronavírus. Romulo precisa repassar todas as informações a Verta, aos demais vereadores e a sociedade em geral. Uma médica foi hostilizada pelo prefeito e o CMS se manteve em silêncio comprometedor, para não dizer cumplice. É verdade que pacientes com covid-19 já podem ser internados na UTI do Hospital Municipal? Fala, Romulo.
Se Romulo se cala, cadê os demais membros do Conselho Municipal de Saúde?
Essa matéria será atualizada com a manifestação de alguém do CMS, caso entendema que devem satisfação ao povo.