EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
No pleito de outubro de 2018, em Tangará da Serra, a juíza Selma Arruda alcançou o 1º lugar com 24.981 votos. Carlos Fávaro (PSD) foi o 2º colocado com 12.874 votos. Nilson Leitão (PSDB) ficou em 3º lugar com 10.002 sufrágios.
Dezoito meses depois daquela memorável eleição, o cenário político é outro, embora alguns dos personagens sejam os mesmos. A juíza Selma foi eleita, diplomada, empossada e teve seu mandato cassado. Favaro, Leitão e mais dez concorrentes disputam a vaga de Selma na eleição suplementar do próximo dia 26 de abril.
Com compromissos de campanha não resgatados até o momento, sem o apoio do MBD do federal Carlos Bezerra e do deputado estadual João Mattos, e com seu principal cabo eleitoral, Reck Junior, cada vez mais distante da política, Carlos Fávaro teria mais lucro se não mostrasse a fuça caprina em Tangará da Serra. Boa parte dos eleitores de Selma Arruda já tem uma estratégia definida para recepcionar e enxotar da cidade o carrasco da juíza.
Sem a presença de candidatos ao senado sedimentados em Tangará da Serra, Nilson Leitão deve ampliar sua votação na cidade. Além de seus méritos pessoais, leitão abriu espaço em sua chapa para o empresário Vander Masson, que é hoje, segundo pesquisas internas, o franco favorito na corrida pela prefeitura.
“O eleitor não é ingênuo a ponto de desprestigiar um morador respeitado da cidade e votar em candidato de fora. Nessas horas, todos somos bairristas, apoiamos o melhor para a cidade e o melhor é Leitão e Vander Masson. Quem for contra é porque joga contra os interesses de Tangará da Serra”, avalia um empresário do setor rural.