Desempenho firme e equilibrado de Bolsonaro no JN e deixa a esquerda desnorteada

Da Redação

A esperada entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos, do Jornal Nacional, da TV Globo, aumentou em 25% a audiência do telejornal - a maior do ano -, segundo apurou o colunista do UOL, Ricardo Feltrin.

Desde a campanha de 2018 que Bolsonaro mantém uma realação nada amistosa com a Vênus Platinada, a ponto de se referir a emissora da família Marinho como "Globo Lixo". Na noite desta segunda-feira, o chefe do Executivo conheceu parte das instalações da maior TV aberta do Brasil, foi conduzido aos estúdios do JN e lá foi entrevistado - ou seria molestado - pelos apresentadores Bonner e Renata Vasconcelos.

A dupla de jornalistas, obviamente que orientada pelos donos da emissora, perdeu a grande oportunidade de arrancar de Bolsonaro o que ele pretende fazer ou deixar de fazer em eventual segundo mandato. Bonner e Renata perderam tempo com questões já superadas, como pandemia da covid-19, urnas eletrônicas, desmatamento na Amazônia e animosidade com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, o Xandão.

A esquerda grudou os olhos na televisão. A torcida era para ver um Bolsonaro raivoso e agressivo a soltar destempero verbal, preferencial com ofensas a Renata, o que confirmaria a narrativa de ele seria um misógino. Nada disso aconteceu. O capitão se comportou como um ser humano qualquer, desmonstrou conhecimento, firmeza na defesa de suas concepções e soube escapar das armadilhas dos entrevistadores.

Observadores isentos avaliam que Bolsonaro se saiu bem em sua aparição no JN. Se não foi foi genial, também não cometeu nenhum deslize capaz de causar a fuga de um único eleitor. Bolsonaro vai dormir feliz e aliviado, já a esquerda terá uma longa noite de insônia e de frustração.