EDÉSIO ADORNO
Da Editoria de Política

Policiais civis do Pará detiveram hoje (26), em caráter preventivo, quatro pessoas suspeitas de atear fogo em parte da vegetação da Área de Proteção Ambiental (APA) Álter do Chão, em setembro deste ano, destaca reportagem da Agência Brasil
Segundo a publicação, uma das hipóteses sob investigação é que os suspeitos causavam os incêndios para, depois, serem convocados para apagar as chamas e receber algo em troca.
Desmatamento e queimadas em MT
Se a motivação dos brigadistas era ser convocados e receber alguma recompensa pelo combate ao fogo, o mesmo não se pode dizer sobre o bando que, no mesmo período, ateou fogo e desmatou 900 hectares de vegetação nativa no Distrito de Brianorte, município de Nova Maringá, a 392 km de Cuiabá.

Ainda de acordo com a reportagem do G1-MT, durante a operação “Estanque”, de combate ao desmatamento e a incêndios florestais ilegais, fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e policiais do BOPE prenderam 18 suspeitos em situação de flagrante delito. Também foram apreendidas 19 motosserras, três caminhonetes, duas motocicletas e 600 litros de combustível.
A publicação acrescenta que o desmate associado à queimada ocorreu em uma área de 2,5 mil hectares de vegetação nativa, ocupada por posseiros. Segundo depoimento das pessoas detidas e informações preliminares levantadas pela equipe de fiscalização, trata-se de uma área de conflito agrário, onde seriam desmatados mais 500 hectares.

A área devastada pela ação criminosa de grileiros, que não se intimidam com a fiscalização de órgãos de proteção ao meio ambiente, está localizada dentro dos limites da fazenda Goichi (espolio de Goichi Saito), que foi esbulhada por um bando de invasores, sob a liderança de Ediney José do Carmo, Elizianio Jose Alberto de Souza e Junior de Carvalho, o “Paraíba”. A justiça já determinou a reintegração de posse. Os danos, no entanto, jamais serão reparados. Para os terroristas do campo, o crime compensa.
Tanto compensa, que os mesmos grileiros que foram enxotados pela Polícia Militar, em cumprimento a mandado judicial de reintegração de posse, continuam acampados próximos a fazenda.
Eles esperam apenas o momento ideal para novamente retomar a propriedade e continuar a extração ilegal de madeiras para abastecer madeireiras da região e até de outros municípios distantes.
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Os membros da organização paramilitar usam grupos de Whatsapp para arregimentar grileiros de outros localidades e até de fora do estado. As forças de segurança monitoram de perto a movimentação do grupo de grileiros que invadiu a fazenda Goichi e planeja turbá-la novamente.