Da Redação
A Bronca Popular
Em janeiro de 2020, o então prefeito Fábio Martins Junqueira exonerou o médico José de Almeida Bandeira do serviço público com base em uma sindicância e procedimento administrativo disciplinar (PAD) repletos de irregularidades flagrantes.
Essa ação deixou uma lacuna na rede pública, embora o profissional já tivesse direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
Bandeira viu sua vida ser virada de cabeça para baixo devido à caneta impiedosa e implacável do então prefeito, que o dispensou sem qualquer consideração.
Em outubro do mesmo ano, José Bandeira foi eleito vereador, mas teve seu cassado por uma decisão colegiada dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Ele foi considerado inelegível devido à lei da ficha suja, tendo sua elegibilidade suspensa devido à exoneração que violou a lei.
Recentemente, a justiça de Tangará da Serra anulou o processo que fundamentou a exoneração de Bandeira e ordenou sua reintegração aos quadros da prefeitura, com o pagamento dos salários atrasados desde a data da exoneração, acrescidos de juros e correção monetária.
José Bandeira teria direito a receber mais de R$ 2 milhões em salários atrasados.
Em um gesto generoso e visando mitigar os danos causados ao erário e ao serviço médico da cidade pelo então prefeito Fábio Martins Junqueira, Bandeira propôs um acordo ao município, renunciando a 50% da verba indenizatória a que teria direito por força de decisão judicial.
Outra vítima da truculência de Junqueira foi o professor Roberto Gudolle, que perdeu o emprego por supostamente imitar Junqueira em uma reunião política.
Gudolle foi indenizado em mais de R$ 1 milhão, enquanto Junqueira permanece sem responsabilização pela exoneração injustificada do servidor da educação e pelo prejuízo causado ao erário público.
Com o objetivo de resolver a questão do médico José Bandeira, o prefeito Vander Masson enviou um projeto de lei à Câmara de Vereadores, solicitando autorização para celebrar um acordo benéfico para o município, gerando economia de mais de R$ 1 milhão e reintegrando Bandeira aos quadros da secretaria de Saúde.
O projeto será apreciado na sessão ordinária desta terça-feira em regime de urgência simples.