Da Redação
Blog Edição MT
O cantor sertanejo Leonardo, que já foi plantador de tomate e reclamou publicamente do trabalho pesado que executava antes de brilhar na música, parece ter esquecido as dificuldades do campo ao permitir que trabalhadores em sua fazenda em Jussara, Goiás, fossem submetidos a condições desumanas.
O artista, agora envolvido em uma polêmica de trabalho análogo à escravidão, foi obrigado a pagar R$ 225 mil em indenizações após ser incluído na “lista suja” do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os seis trabalhadores resgatados, incluindo um adolescente de 17 anos, viviam em condições deploráveis, sem acesso a banheiros, dormindo em camas improvisadas em um local descrito como "impróprio para habitação".
Eles trabalhavam até 10 horas diárias, sem contratos formais e sem direito a descanso semanal remunerado. A água disponível vinha de um poço mal cuidado, levantando preocupações sobre a sua potabilidade.
A fazenda, que Leonardo afirma estar arrendada, era gerida por intermediários responsáveis pela contratação e pagamento dos trabalhadores. Mesmo assim, é difícil ignorar a hipocrisia de alguém que conheceu o esforço do campo e agora permite que outros passem por situações tão degradantes.
Leonardo pagou a multa de R$ 94 mil e afirma ter resolvido a situação, mas o caso escancara a discrepância entre o glamour do sertanejo e as duras realidades escondidas no campo.
Fontes: Metropoles, G1