EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Uma vez indagado sobre a possibilidade de um relacionamento menos toxico com a oposição ao regime militar, o general Newton Cruz, então chefe do SNI, durante o governo de João Batista Figueiredo, teria dito a um repórter que não se uniria a esquerda nem mesmo para ir para o céu.
Newton Cruz não poderia ter outra atitude. A oposição ao regime, liderada por Ulisses Guimaraes e tantos outros ícones da luta pelo restabelecimento da ordem democrática, também não pretendia celebrar um pacto de boa vizinhança com os homens de coturno. Pelo contrário, pretendiam alijá-los do poder e manda-los de volta a caserna.
Os deputados do PSL, Silvio Fávero e Delegado Claudinei, não tem a postura dos militares que governaram o País por 21 anos e nem da oposição que lutou por igual período para derrubá-los do poder. Os parlamentares, formalmente bolsonaristas, se aliaram aos discípulos de Lula – Barranco e Cabral - na Assembleia Legislativa. Juntos, eles emprestam apoio ao Sintep, que é uma franja da CUT e do PT.
Pois é, enquanto na Assembleia Legislativa deputados do PSL e do PT se convergem para pressionar o Governo do Estado a atender a pauta de reivindicação do Sintep/CUT/PT, nas redes sociais os militantes de Bolsonaro enfrentam a fúria dos devotos do Lulopetismo.
No Congresso Nacional, a esquerda, liderada pelos petistas, tenta boicotar o governo do presidente Jair Bolsonaro, sepultar a reforma da Previdência e aniquilar o projeto Anticrime do ministro Sérgio Moro, com a retirada de prisão após condenação em 2º instância.
A oposição faz o papel de oposição, as vezes, com certa dose de irresponsabilidade. Resta saber qual será o papel do PSL de Fávero e de Claudinei, além de mero coadjuvante do PT em estrepitosa empreitada contra o governo Mauro Mendes. Essa direita tem cheiro de esquerda enrustida!