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POLÍTICA Segunda-feira, 06 de Julho de 2020, 15:43 - A | A

06 de Julho de 2020, 15h:43 - A | A

POLÍTICA / DINHEIRO NO ESGOTO

Quintão barrou auditoria de Frare no Samae para proteger irmã e Wesley Torres

A blindagem de Ronaldo Quintão a irmã, ao ex-diretor do Samae, Wesley Torres e a outros servidores, não impediu o juiz Francisco Ney Gaíva de decretar o bloqueio de bens de todos os envolvidos em esquema de suposta corrupção na autarquia municipal.

EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra



Tangará da Serra inteira estranhou quando o vereador Ronaldo Quintão (PSL) decidiu negar a contratação de uma auditoria para encontrar nas contas do Samae qualquer indício de desvio de recursos.  

A negativa de Quintão foi em dezembro do ano passado, quando o vereador Claudinho Frare (Republicanos) apresentou requerimento aprovado em plenário solicitando a auditoria. A forma como Quintão conduziu o caso, fazendo de tudo para evitar uma devassa minuciosa nas contas do Samae de Tangará, agora está explicada.  

Fonte do A Bronca Popular confirmou que uma das servidoras da autarquia envolvida na Ação Civil Pública que apura irregularidades é irmã do presidente da Câmara Municipal de Tangará da Serra. Trata-se de Sirlene Aparecida Quintão Apolinário. “Sim, a Sirlene é irmã do vereador Ronaldo Quintão. Ela trabalha no Samae sim”, confirmou a fonte.

O nome de Sirlene apareceu esta semana nos principais sites de notícia de Tangará da Serra, já que junto com outros acusados ela teve seus bens bloqueados por decisão judicial em processo que apura possíveis crimes contra o patrimônio público, especialmente fraudes em licitações.

Leia mais: Juiz determina penhora de bens de Wesley e de outros envolvidos em caso de corrupção no Samae 

Na semana que passou, O juiz da Quarta Vara Civil de Tangará da Serra, Francisco Ney Gaíva, deferiu tutela de urgência pleiteada pelo Ministério Público (MPE), em Ação Civil Pública por Atos de Improbidade (ACP), para bloquear bens do ex-diretor do Samae, Wesley Lopes da Torres e da COEL - Companhia de Obras de Engenharia Ltda. Também tiveram os bens penhorados Flaviane de Moraes Campos, Sirlene Aparecida Quintão Apolinário, Loza Rosa Archanjo, Ivo dos Santos Araújo e Mario Borges Junqueira.  

O caso que já é apurado pelo MPE, agora ganha novos contornos. Quintão pode ter usado seu poder enquanto presidente do Poder Legislativo para impedir que se concretizasse a auditoria aprovada pelo Plenário da Câmara – aprovação que se deu por meio de Requerimento. Ao negar a contratação, Quintão defendia a irmã que já sabia envolvida no caso.  

DESAFIO - Este site desafia o presidente da Câmara Municipal de Tangará da Serra a solicitar ele próprio a abertura de uma CEI – Comissão Especial de Investigação para apurar dois casos: o uso do cargo para a proteção a sua irmã, Sirlene Quintão, acusada de irregularidades no Samae, e o uso do cargo para utilizar veículo de propriedade da Câmara Municipal para o transporte de ração para sítio de sua propriedade.

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