EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Uma enfermeira da rede pública municipal de saúde, cujo nome será preservado, acaba de ser transferida para uma UTI em Cuiabá. A profissional foi contaminada pela covid-19 e, infelizmente, no hospital municipal, onde ela trabalha e ajuda a salvar vidas, não existe leitos de UTI estruturados com equipamentos e corpo técnico para prestar a assistência que o quadro clinico dela exige. Uma tristeza!
Nas redes sociais, apesar do adiantado das horas, o caso da enfermeira que teve que ser removida para Cuiabá ou Várzea Grande em busca de tratamento contra a covid-19 chocou os profissionais de saúde e uma onda de consternação tomou conta de amigos, familiares e colegas de trabalho.
“Todos estamos irmanados em oração pelo pronto restabelecimento de nossa amiga e irmão em Cristo”, escreveu uma enfermeira. “Que Deus a proteja, abençoe e recupere o mais rápido possível”, acrescentou outra internauta.
A enfermeira chefe da enfermagem do Hospital Municipal de Tangará da Serra, Rita de Cassia Alves Pessoa Bento, escreveu no Facebook: “que JESUS toque nos colegas CONTAMINADOS por Covid, especialmente a colega que foi encaminhada para UTI em Cuiabá. Deus tenha misericórdia!”. As manifestações de apoio a enfermeira atingida pela covid-19 são de cortar o coração.
Este fato expõe uma realidade nua, crua e perversa: Tangará da Serra, apesar de já ter recebido mais de R$ 1,8 milhão do Ministério da Saúde para custeio de 13 leitos de UTI, ainda não tem nenhum leito funcionando. Uma enfermeira precisou ser transferida em situação de risco para uma UTI de algum hospital de Cuiabá ou de Várzea Grande.
O vereador Wilson Verta está acompanhando de perto a remoção da enfermeira para Cuiabá e já teria entrado em contato com as autoridades da Secretaria de Estadual de Saúde para garantir a tangaraense um tratamento que ela não encontrou em sua cidade e muito menos no hospital onde trabalha e ajuda salvar vidas.
Esta matéria será atualizada assim que novas informações for apuradas ou levantadas pela reportagem.
