Edésio Adorno
Tangará da Serra
No início de maio do ano passado, movimentos de direita ocuparam Brasília e promoveram apoteóticas manifestações contra congressistas e membros da cúpula do judiciário e em apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
As manifestações foram criminalizadas por juristas calças-curtas e rotuladas de antidemocráticas pela grande imprensa. Na capa da revista Época, do grupo Globo, a manchete “quem está por trás da turma dos protestos antidemocracia de Brasilia” indicava que uma operação caça as bruxas seria deflagrada para reprimir e silenciar os apoiadores do presidente Bolsonaro.
Em março, o então presidente do STF, Dias Toffoli, já havia determinado a abertura de inquérito policial para apurar notícias falsas (fake news) que tenham a Corte como alvo.
No dia da forca de Tiradentes (21/04), o ministro Alexandre de Moraes arroxou a corda do autoritarismo no pescoço dos seguidores de Bolsonaro e mandou abrir um inquérito para investigar “fatos em tese delituosos” envolvendo a organização de atos antidemocráticos. No rastro das presepadas de Toffoli e Moraes, a Polícia Federal deflagrou operações de busca e apreensão em endereços de parlamentares, lideranças de direita e de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em busca de prova dos tais crimes antidemocráticos.
Tudo tinha um objetivo bem delineado: afastar das ruas, calar e amedrontar a militância de direito e colocar uma camisa de força no presidente Jair Bolsonaro. Diante de tanta força, a estratégia dos donos do engenho, com o beneplácito da grande imprensa e o aval descarado de togados do STF, a estratégia funcionou.
Oito meses depois, partidos de esquerda e seus esbirros no sindicalismo e nos chamados movimentos sociais, lastreados por seus irmãos siameses MBL e Vem Pra Rua, promoveram carreatas para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, sem apresentar a mais tênue denuncia de crime que o chefe do executivo tenha praticado. Nadica de nada. Querem apear Bolsonaro da presidência da Republica simplesmente porque não gostam dele.
Trata-se, a toda evidência, de manifestação antidemocrática e atentatória a soberania das urnas. O impeachment é um instrumento legal, previsto em lei e deve ser acionado quando o governante comete crime de responsabilidade. Não é o caso de Bolsonaro!
Estranhamente, a súcia de esquerda, em contubérnio com os camaleônicos movimentos de suposta direita (MBL e Vem Pra Rua) promoveram carreatas, afrontaram os princípios democráticos e berraram pelo afastamento de um presidente legitimamente eleito, que não cometeu nenhum crime e os togados do STF entraram em estado de dormência. Até os sempre loquazes Alexandre de Moraes e Dias Toffoli preferiram o silencio como resposta.
Repito e finalizo: as manifestações pelo impeachment de Bolsonaro são atos antidemocráticos.
Parafraseando a Época, pergunto: “quem está por trás da turma das carreatas antidemocracia realizadas no último final de semana?” Eu sei a resposta, mas também sei que essa turma jamais será incomodada pelos togados do STF.