Da Redação
A Bronca Popular
O locutor Leonardo Aparecido Sardi Pizeta, 38 anos, morador no bairro Valencia I, em Tangará da Serra, foi à óbito no final da tarde de ontem (sexta-feira), no Hospital Metropolitano de Cuiabá. Sua voz foi silenciada para sempre. Ele sofreu um AVC hemorrágico, foi atendido na UPA, precisou ser intubado e sua transferência para Cuiabá somente foi possível graças a atuação firme da Defensoria Pública que conseguiu uma liminar judicial. ( Sem assistência em Tangará, homem vítima de AVC espera por atendimento em Cuiabá)
A esposa de Leonardo, Marcely Socorro Egues, relatou à reportagem o drama vivido por seu companheiro.
Ainda no sábado, 01 de outubro, os médicos solicitaram dois exames para tentar identificar a causa do AVC e a partir daí definiri o tratamento adequado. Leo, como era conhecido, precisava ser submetido a exames de Angioressonância cerebral e Arteriografia.
"Esses exames precisam ser feitos com a maior celeridade. O quadro clínico de Leonardo é grave. Amanhã, domingo é dia de eleição, dificilmente esses exames serão realizados", afirmou Marcely, em busca de socorro para seu esposo.
Socorro que chegou tarde demais.
Leonardo perdeu a vida; uma vida que se vai preocemente. Marcely perdeu seu companheiro; Tangará da Serra perdeu um filho e muita gente perdeu um amigo. A morte é sempre uma perda irreparável. Em meio a comoção causada pela morte do jovem Leo, uma pergunta: seu quadro era irreversível? Essa resposta nunca será dada a população. Mais importante que isso é saber se ele teve o atendimento adequado e no tempo aceitável. Essa indagação não fica sem resposta porque é público e notório que Leo teve seu quadro clínico agravado por falta de assistência médica.
A quinta maior cidade de MT, o quinto maior colégio eleitoral do estado, a quinta economia, entre os 141 municípios, não tem Centro Cirurgico, não dispõe de leitos de UTI. A Saúde Pública é o grande gargalo da gestão do prefeito Vander Masson. Leonardo deixa seus amigos e familiares. Agora é apenas um número, virou estatística. Quantos mais haverão de perecer por falta de assistência médica?